quinta-feira, 7 de outubro de 2010

RN é 6º no ranking da prostituição

     
Uma parceria entre a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Organização Internacional do Trabalho e a ONG Childhood Brasil, resultou no mapeamento das zonas onde ocorre maior exploração de crianças e adolescentes. No ranking nacional, o Rio Grande do Norte ocupa a sexta colocação com 110 pontos mapeados. O maior índice ocorre nas zonas urbanas com 78 pontos identificados contra 32 no perímetro rural.

Em nível nacional, foram catalogados 1.820 pontos de risco para exploração sexual de crianças e adolescentes.  Os locais se espalham por 66 mil quilômetros de estradas, 67,5% deles nas áreas urbanas. No RN, o número de pontos suspeitos é o mesmo do ano passado – 110 – a maioria próxima de cidades de grande porte, como Natal e Mossoró. Os dados fazem parte da quarta edição do Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais 2009/2010. A Polícia Rodoviária Federal não identificou os locais estudados para prevenir mudança de endereço dos suspeitos. No ano passado, os locais foram divulgados e os trabalhos ficaram ameaçados devido à migração dos criminosos para outras localidades.

 De acordo com o estudo, os estados que detêm o maior índice de locais vulneráveis são aqueles que possuem as maiores malhas viárias. Os pontos se concentram, na zona rural, próximos aos postos de combustíveis. Nesses locais, os motoristas de caminhão e carretas descansam durante a noite. É justamente nesse horário que as crianças e adolescentes se oferecem para fazer programas. Muitas das crianças que se encontram nessa situação ainda não entraram na puberdade. Cada local visitado foi avaliado em termos de risco para maior ou menor vulnerabilidade à exploração sexual. 

 Os indicadores para definir o nível de risco (baixo, médio, alto e crítico) foram: existência de prostituição de adultos, ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes com base em relato policial nos últimos dois anos, registro de tráfico/consumo de drogas nos últimos 24 meses, e presença constante de crianças e adolescentes no local visitado. Outros fatores como comércio de bebidas alcoólicas, presença de caminhoneiros e existência de iluminação também foram considerados para definição do grau de risco. O estudo conclui que os pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes ocorrem com maior frequência em estradas que ligam regiões mais desenvolvidas a outras menos desenvolvidas e nos corredores de escoamento da produção industrial.

Fonte: Jornal Tribuna do Norte (7/10/10)

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