segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Despedida

Fagner Melo

Sensação de arrependimento
Estou tragando forte
Desejando esse entorpecente
E por alguns segundos
Tirando tudo da minha mente.

Não insista, Não quero tomar
Banho com você.
Já passou, agora é privacidade
Pede a conta, o consumo?
Foi minha dignidade.

Preciso te esquecer,
Tens o dom de quebrar meus conceitos
Lembro que o anel continua no seu bolso
Escondido, disfarçando o mal feito.
Silêncio! Apenas fume,
Preciso pensar no desfeito.

E mesmo sempre e depois ainda te odeio
Não reclame! Me conhecia mesmo antes
De pegar a chave do quarto
E o corredor, de tão longo, fez intrínseca
Sua chance de arrependimento.

Sim, foi e sempre foi bom,
É hipocrisia negar,
O deplorável veneno é também o mais viciante
Estou sentindo o gosto da maçã
Culpa sua, o paraíso não terei amanhã.

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