segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O que está em alta em matéria de sexo


Os códigos de comportamento sexual estão sempre mudando e passam a seguir novos modismos. Segue uma lista do que está em alta em 2010.
Sex shop: parada obrigatória
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Mercado Erótico (Abeme), as sex shops crescem 13% ao ano. Parece que o que era tabu agora virou moda. Para Fernanda Pauliv, palestrante de artes sensuais e técnicas sexuais, isso se deve muito ao fato da mulher estar mais bem resolvida com a sua sexualidade e se permitir ousar em busca do prazer. Além disso, as lojas mudaram também seus layouts e sua forma de atendimento. Ana Maria Faro, da butique erótica Revelateurs, diz que a mulheres e os casais entram com mais freqüência, perguntam, tiram dúvidas e compram. “Quem não se sente seguro para entrar numa sex shop têm a opção de comprar pela internet. O mercado virtual também se encontra em franco crescimento”, diz Maria Luiza Cruvinel Moretti, sexóloga e terapeuta de casal.
Cursos de artes sensuais
Hoje em dia, maneiras de se especializar nas artes eróticas não faltam. Há cursos para aprender (ou aprimorar) as técnicas de strip-tease, massagem sensual, dança do colo, pompoarismo e até sexo oral. Cada vez mais as “salas de aula” estão lotadas. “Para mim, é uma forma de conhecer novas técnicas de dar e receber prazer, de inovar, de mudar a rotina dos relacionamentos de uma forma divertida e, ao mesmo tempo, muito discreta, já que é um grupo de pessoas desconhecidas que não sabem absolutamente nada de sua vida”, opina a empresária Ana Maria Faro.
Vibrador: você ainda vai usar um
Graças às protagonistas liberais da séria norte-americana Sex and the City, é cada vez maior o número de mulheres que usa vibradores. Estão mais interessadas em conhecer as novidades, as novas tecnologias. “A grande maioria usa como uma forma de descobrir novas formas de prazer. E isso pode ser a dois ou sozinha”, diz Ana Maria Faro, da Revelateurs. Os modelos mais comprados são os que têm formas diferentes – principalmente de bichinhos fofos, como coelhinhos e golfinhos, e que estimulam mais de um ponto, por exemplo, os que possuem estimulador clitoriano. Segundo os especialistas, os homens também têm deixado de encarar o brinquedo como um “rival” ou “substituto” e encontrado maneiras de utilizá-lo para proporcionar novas sensações às parceiras.
Chá de lingerie: moderno e útil
Esqueça jogos de fondue, copos coloridos, kits para vinhos e outros artigos parecidos. Em vez de planejar um chá-bar com os amigos para equipar a casa, as moças casadoiras modernas querem mais é montar uma bela coleção de peças íntimas. No chá de lingerie, o objetivo é agradar o casal. Como o estilo pin-up e a renda estão na moda, vale a pena incrementar o closet erótico com corsets, ligas, meias 7/8, camisolas de seda. “Aquela chatice do passado, em que a noiva ganhava objetos para cozinha e saía pintada e descabelada, não faz mais a cabeça de muitas mulheres”, fala Fernanda Pauliv.
Voyeurismo e exibicionismo
Em tempos de internet, todo cuidado é pouco. Gravar com filmadora ou celular aquela transa selvagem pode parecer uma ideia mais incrível. Depois, pode virar uma dor de cabeça e tanto. A própria internet volta e meia propaga notícias de cenas de sexo real (até entre adolescentes) que foram parar no YouTube ou em sites de relacionamento. “Após um rompimento complicado, esse material vira uma arma na mão de quem está ferido e com muita raiva”, alerta Adriana Grannah.
Baladas picantes
Vários casais, principalmente nas metrópoles, têm procurado diversão em baladas mais quentes - casas de swing ou de fetiche por pés, por exemplo. Mesmo sem participar das brincadeiras, observar esses universos vem servindo de combustível (e inspiração) para animar homens e mulheres mais curiosos. Segundo Fernanda Pauliv, do Joanah Pink Centro Integrado da Mulher, o crescente interesse por essas casas ou festas deve-se à inúmera oferta de novidades e à disposição do mundo cada vez mais ao alcance das mãos (graças à internet, TV a cabo etc.). A sexóloga Maria Luiza Cruvinel acredita que como nessas baladas o foco está no desejo e no sexo por prazer, presenciar uma sucessão de atos sensuais pode servir de combustão para o casal.
Motel ‘parque de diversões’
A onda, agora, é curtir os quartos com decorações inusitadas. Os temas são bem variados: vão desde selva, oriental e sadomasô. “Esses motéis alimentam as fantasias dos casais. Poder aproveitar uma noite de amor num cenário diferente e, muitas vezes, vivendo personagens diferentes, pode ser o gatilho para esquentar o clima”, diz Fernanda Pauliv. De acordo com a médica e estudiosa da sexualidade Cibele Fabichak, as fantasias geralmente aparecem de maneira casual, mas muitas vezes os nossos cinco sentidos (visão, olfato, tato, audição e paladar) são os ‘gatilhos’ para começar uma fantasia erótica.

*Heloísa Noronha/UOL

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